A transformação digital é o nome que se tem dado ao processo de adoção de novas tecnologias na forma de se fazer negócios. Mais do que mera aplicação de avanços tecnológicos, a transformação digital envolve repensar toda a cultura corporativa e os processos cotidianos, de forma que possam se adaptar à contínua mudança da tecnologia.

 

Na transformação digital, há um objetivo específico a ser alcançado, por exemplo, melhorar a experiência do cliente ou manter a empresa de pé em meio a uma mudança no setor.

 

Embora tenha um objetivo, a transformação digital deve ser vista como um processo contínuo, indo muito além da mera adoção de novas tecnologias de TI. Com efeito, ela é melhor pensada como uma forma de aprimorar a função da tecnologia em várias áreas do negócio. A tendência da transformação digital depende do quanto a empresa já utiliza a tecnologia nos seus processos.

 

Naquelas que empregam a tecnologia de forma mais ávida, a transformação digital costuma visar a inclusão da TI no planejamento, facilitando inovações. Já naquelas que ainda não usam tanto a tecnologia ao seu favor, a transformação procura abrir caminho para a migração para um modelo que põe a TI como fator de crescimento, em vez de apenas mais um custo.

 

História

Podemos traçar uma breve história da transformação pela tecnologia através dos anos. As primeiras e mais arcaicas tecnologias, mas também as mais revolucionárias e disruptivas, podem ser localizadas milhares e milhares de anos atrás, a exemplo da roda e mesmo do fogo.

 

Mais atualmente, nos últimos séculos, tivemos outras tecnologias com efeitos disruptivos, como a imprensa e as máquinas fabris da Revolução Industrial. Nas últimas décadas, a tecnologia que mais revolucionou o nosso dia a dia e, consequentemente, o mundo dos negócios foi, sem dúvida, a internet.

 

A transformação digital teve seu início no desenvolvimento da infraestrutura, a qual possibilitou o surgimento de aplicações e processos que mudaram a forma como se fazem negócios. Os primeiros mainframes, aqueles computadores gigantescos que ocupavam salas inteiras, revolucionaram a tecnologia de processamento de dados, duplicando e triplicando os cálculos por minuto.

 

A adoção desta infraestrutura foi lenta, primeiramente instalada pelo governo, devido ao seu alto custo. Dos mainframes, surgiram soluções mais práticas como servidores, que acabaram se conectando à rede mundial de computadores. Para ter um espaço na internet, a empresa precisou se adaptar a essa nova infraestrutura.

 

A Evolução da Tecnologia

Com o passar dos anos, a tecnologia dos servidores evoluiu para hospedar redes internas com suporte para nuvens, sejam privadas, sejam públicas, ou mesmo híbridas. Toda essa infraestrutura criou a base para surgirem as aplicações, que são, pelo menos hoje em dia, a forma como os processos da empresa são realizados. As aplicações começaram a ganhar popularidade com o uso difundido dos servidores.

 

Em primeiro lugar, as aplicações eram monolíticas, isto é, tudo era controlado pelo mesmo hardware. Assim, a disrupção digital era limitada pelo ambiente físico das empresas. Depois, o servidor foi evoluindo para ter mais camadas e poder suportar mais de uma aplicação ao mesmo tempo. Atualmente, as aplicações em camadas deram lugar aos microsserviços. A evolução do processamento de dados também foi algo disruptivo para a transformação digital. Isto porque o processamento de resultados de entrada e saída se tornou exponencialmente mais rápido, graças, entre outros elementos, à tecnologia multicamadas.

 

Incorporação

A incorporação da transformação digital ao dia a dia da empresa depende muito de como ela já aplica a tecnologia aos seus processos.

 

Como a transformação digital não envolve um único processo ou solução, é necessário entender a situação atual da empresa, destacando quais são as principais necessidades em termos de tecnologia. Se você acredita que sua empresa está ficando para trás, você provavelmente está equivocado. Esta é uma das noções equivocadas mais comuns quando o assunto é transformação digital, por o processo ser relativo e varia conforme o tamanho da empresa, suas necessidades e capacidades para mudança.

 

Em virtude disso, não há uma receita de bolo para a incorporação da transformação digital na empresa. Todavia, repensar questões como processos, responsabilidades, metodologias e softwares é essencial para ter um diagnóstico da arquitetura implementada.

 

Por vezes, a transformação digital não será um processo totalmente disruptivo e inovador, mas apenas, por exemplo, acrescentar novas funções à arquitetura, para torná-la mais dinâmica. Nem é essa a natureza da transformação digital, que não é um projeto de curto prazo, mas sim uma estratégia duradoura. Não se trata de apenas adotar as tecnologias mais modernas, mas sim de mudar a cultura e os processos da empresa para que ela se adapte às mudanças tecnológicas antes que o mercado exija forçosamente essa adaptação.

 

O que pensam os executivos?

A Harvard Business Research fez uma pesquisa com um total de 690 executivos a respeito da transformação digital. Os resultados apontam que esse processo é constante: não mudou muito qualitativamente nos últimos anos, mas apenas se intensificou.

 

Com efeito, para os executivos, a pressão da transformação digital está cada vez mais forte, tendo em vista um mercado em que a competição por inovação é cada vez mais acirrada. Dos 690 entrevistados, 84% assinaram embaixo da afirmativa de que a transformação digital revela novas oportunidades para as empresas. Ainda, 70% concordaram que a transformação digital, nos últimos dois anos, se tornou mais importante para ter êxito nos negócios.

 

Todavia, ainda existem vários gargalos. Para 63% dos executivos, os desafios culturais são o maior obstáculo para os esforços da transformação digital. Ainda, apenas 20% afirmaram que os esforços de transformação digital em suas próprias empresas são eficazes.

 

Como fazer a transformação digital?

Em conclusão, o processo de transformação digital é único para cada empresa, mas têm em comum o primeiro passo de repensar a forma como a empresa opera no seu dia a dia. A partir de um diagnóstico da situação da empresa, é possível encontrar maneiras de adaptar como a empresa funciona para a constante mudança tecnológica.

 

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