Arquiteturas modernas com JBoss e RHOAR: entenda como funciona

Arquiteturas modernas com JBoss e RHOAR: entenda como funciona
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Já ouviu falar de Jboss e RHOAR? Tratam-se de arquiteturas modernas, que vêm sendo escolhidas por um crescente número de empresas que buscam suprir suas necessidades. No mundo digital, a estratégia de software é essencial aos negócios.

Assim, para que se mantenham competitivas, as companhias precisam de aplicações customizadas em software na hora de atenderem às suas demandas — do engajamento de clientes ao desenvolvimento de novos produtos e serviços. Daí vem a necessidade de acelerar a criação, os testes e as entregas de aplicativos.

Neste artigo, você conhecerá melhor as arquiteturas modernas com JBoss e serverless com RHOAR. Continue a leitura!

O que são arquiteturas de desenvolvimento?

Estabelecer uma arquitetura de desenvolvimento detalhada vai fornecer à sua empresa uma orientação para tomar decisões. Esse framework ajuda a traçar estratégias para melhorar o ciclo de desenvolvimento de aplicativos, reduzir custos e aumentar a eficiência.

A arquitetura de TI é uma estrutura capaz de fornecer orientações que contribuem para o melhor uso de recursos por parte da empresa. Podem existir várias arquiteturas no mesmo negócio. É possível definir uma arquitetura técnica que identifica as ferramentas e os produtos necessários, além de quando usar cada um deles, por exemplo.

Uma arquitetura de dados descreve as bases importantes e as características de cada uma. Neste artigo, vamos nos concentrar na arquitetura de desenvolvimento, que inclui:

  • o ciclo de vida do desenvolvimento e dos processos usados para construir aplicativos de negócios;
  • os modelos de aplicativos que mostram o design técnico apropriado para se encaixar aos requisitos da empresa;
  • o inventário e a categorização dos aplicativos que existem na organização.

Quais são as características das arquiteturas JBoss e RHOAR?

O JBoss é um servidor de aplicativos da RedHat que funciona como plataforma de middleware. Ele opera em várias plataformas, sendo compatível com qualquer sistema operacional que dê suporte a Java.

Trata-se de uma alternativa open source a concorrentes como IBM WebSphere e Oracle WebLogic. Como a maioria dos programas nos dias de hoje, o JBoss é oferecido em um modelo de assinatura que inclui suporte técnico.

Já o Red Hat OpenShift Application Runtimes (RHOAR) é uma suíte de desenvolvimento de aplicativos que promete uma experiência produtiva e flexível para o desenvolvedor.

Não há como falar propriamente nas diferenças entre eles, já que o JBoss faz parte do RHOAR. O mais relevante é discutir as distinções entre uma arquitetura contida em JBoss ou serverless com RHOAR.

Como escolher entre JBoss ou serverless com o RHOAR?

Imagine que um coordenador de TI esteja recebendo uma série de demandas dos diferentes departamentos da empresa. Ele busca chegar a um equilíbrio entre:

  • minimizar sua dependência de um único fornecedor de novo, reduzindo o downtime de aplicativos;
  • aumentar a velocidade do desenvolvimento de aplicativos;
  • aproveitar ao máximo o serviço do fornecedor de nuvem, mas sem ficar preso a ele.

Como percebemos, algumas escolhas difíceis devem ser feitas. É hora de comparar as arquiteturas JBoss e serverless com RHOAR para ver como cada uma contribui com esses diferentes desafios.

JBoss

O JBoss é ideal para aplicações java legadas (ou com arquiteturas legadas, mesmo que sejam novas aplicações), com o objetivo de aumentar performance, melhorar o gerenciamento do servidor de aplicação e atingir infraestrutura com alta disponibilidade e balanceamento de carga.

Pode-se citar alguns benefícios em relação ao uso de um servidor de aplicação JEE, como o JBoss EAP, fornecido pela Red Hat:

  • suporte 24×7, do próprio fabricante, para dúvidas ou incidentes em relação ao servidor de aplicação ou à própria aplicação;
  • balanceamento de carga inteligente e alta disponibilidade;
  • acompanhamento e monitoramento do servidor de aplicação, incluindo todos os parâmetros da máquina virtual java;
  • gerenciamento centralizado de todo o cluster de servidor de aplicação, permitindo, por exemplo, deploy unificado da aplicação em todos os nós.

Serverless (com RHOAR)

O serverless substitui a necessidade de um servidor de aplicação. Apesar do nome, obviamente existem servidores envolvidos para rodar os aplicativos.

O servidor de aplicação é compilado junto à própria aplicação, permitindo assim que todos os componentes necessários para o funcionamento dela estejam unificados. Trata-se de uma arquitetura ideal para o funcionamento em containers e abordagens de microsserviços.

Pensemos nesta aplicação em funcionamento em um fornecedor de nuvem, seja Azure, AWS ou Google Cloud Platform, por exemplo. Em vez de manter as máquinas virtuais sempre em funcionamento com o recurso máximo alocado, você configura eventos, como pedidos de API e upload de arquivo, que disparam a execução de uma função.

Quando a ação termina, o servidor fica ocioso até o pedido seguinte. Mas o mais importante é: você não será cobrado pelo tempo em que o servidor não estiver fazendo nada. A implementação desta abordagem é muito facilitada pelo uso da arquitetura descrita anteriormente.

Vantagens e desvantagens

Como vimos, o primeiro grande benefício que uma arquitetura serverless, com RHOAR, pode proporcionar, é a redução de custos: sua empresa paga apenas pelos curtos períodos em que o servidor está ativo. Mas essa opção também fornece elasticidade. Ela pode escalar automaticamente para acomodar a entrada de novos usuários e reduzir quando o tráfego cai.

Tal característica é responsável por melhorar o desempenho do aplicativo e, ao mesmo tempo, gerar economia de dinheiro. Você passará menos tempo gerenciando servidores e não terá que se preocupar em fornecer infraestrutura, gerenciar capacidade ou evitar downtime, pois isso cabe ao fornecedor da nuvem.

Sem a necessidade de se preocupar com a infraestrutura, o serverless permite que sua equipe se concentre em construir o melhor produto possível. A abordagem também funciona muito com micro-serviços, quando os desenvolvedores constroem partes menores e mais flexíveis de software.

Naturalmente, existem trade-offs. Já que os servidores ficam parados até serem requisitados por um aplicativo, há uma latência para executar tarefas. É preciso ter cuidado na abordagem de desligamento de aplicativos de acordo seu objetivo de negócio, como em sites de e-commerce e busca.

Por último, aplicativos complexos são mais difíceis de serem construídos na arquitetura serverless. Você terá de fazer muita coordenação e gerenciar dependências entre todas as funções. Por este motivo, sugere-se sempre uma abordagem de micro-serviços para melhor aproveitamento deste cenário.

Qual é o momento certo para investir em JBoss ou RHOAR?

O JBoss é melhor usado para aplicativos complexos e perenes, nos quais sua empresa precisa de um alto nível de controle sobre o ambiente e tem recursos para gerenciá-los. Trata-se da opção ideal para um site de e-commerce que inclui muitas partes, como listas de produtos, processamento de pagamentos, gerenciamento de estoque e assim por diante. Cada uma dessas tarefas pode ser contida em pacote.

Já o serverless com RHOAR é recomendado para aplicativos que precisam estar prontos para certas tarefas e que estejam divididos em pequenas partes. Essa é a melhor escolha para aplicações de Internet das Coisas (IoT), como um programa que detecta a presença de água e avisa sobre vazamentos.

Ele também é ideal quando a velocidade de desenvolvimento e a redução de custos são urgentes e você não quer gerenciar problemas de escala.

JBoss e serverlesss com RHOAR não são concorrentes, mas opções complementares. Ambos têm forças que completam as fraquezas do outro, portanto incorporar as duas tecnologias oferece o dobro de benefícios.

O ideal é investir no JBoss para melhorar a performance ou a disponibilidade de aplicações legadas e em serverless para novas aplicações com necessidades de entregas rápidas (como aplicativos móveis e plataformas digitais).

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